À luz tênue de um crepúsculo suave, quando o mundo parece respirar em suspiros de seda, os nossos corpos se encontram como dois astros perdidos na vastidão do cosmos.
O calor dos teus dedos traça um caminho de fogo sobre a minha pele, como se cada toque fosse uma promessa, um segredo que se desvela lentamente no silêncio das nossas respirações entrelaçadas.
Teus olhos, profundos e misteriosos, são como dois poços encantados, onde me perco e me encontro ao mesmo tempo.
Cada olhar teu é uma carícia, uma sinfonia silenciosa que toca as fibras mais íntimas do meu ser.
O suave aroma da tua pele é um convite a um banquete de sensações, onde cada gesto teu é uma dança sedutora que desafia o tempo e o espaço.
Em cada abraço, a sensação de estarmos suspensos entre o sonho e a realidade, como se o universo inteiro estivesse em pausa para observar o nosso deleite mútuo.
As nossas bocas se encontram em um beijo que é ao mesmo tempo, um desespero e um desejo, uma promessa de eternidade e um sussurro de instante.
As sombras dançam ao nosso redor, desenhando formas enigmáticas que só nós entendemos, enquanto os nossos corpos se fundem em um balé sensual, onde cada movimento é uma declaração de amor.
O toque de tuas mãos em minha cintura é como uma melodia suave que ecoa nos meus sentidos, um hino de paixão e entrega.
E assim, nos perdemos no crepúsculo, onde a realidade se dissolve e os sonhos se tornam o tecido da nossa existência, celebrando o amor e o desejo que florescem como flores raras no jardim secreto de nossos corações.
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Cléia Fialho